Page 35 - E o Verbo se Fez Parábola | Jardim das Oliveiras
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Lembro-me de uma conversa em Pedro Leopoldo com uma das
últimas sobreviventes da reunião mediúnica no Grupo Meimei, fre-
quentada por Chico Xavier durante décadas. Esses médiuns o pre-
senciaram psicografando Paulo e Estêvão. Aquela senhora, já com o
cabelo branquinho, me disse assim:
— Olha, meu filho, o Chico contou para nós na reunião mediúni-
ca que, quando ele terminou de receber Paulo e Estêvão, durante todo
o tempo em que ele psicografou, todas as noites, só tinha um sapo do
lado de fora.
Que coisa engraçada! Havia um sapo na porta, olhando. Termina-
da a psicografia da obra, Paulo, Estêvão, Abigail, Ananias, Barnabé e
Lucas visitaram o ambiente. A maioria dos personagens do livro. Chi-
co foi tomado por uma comoção tão forte que a única coisa que ele
conseguiu fazer foi se ajoelhar. Depois que esses imortais se foram, ele
beijou o chão onde cada um pisou. A Terra vira Paraíso onde pisam
os pés de alguém que ama. É isso que Emmanuel quer dizer: “Seremos
admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus,
que começa na vida íntima”. “Inicia-se, desenvolve-se e se consolida
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em resplendores eternos, no imo do coração”. 37
Na linguagem simbólica da Bíblia hebraica, o grão não signifi-
ca simplesmente o que é semeado. A lição do Evangelho é semente
viva. Mas, o que é Evangelho? A palavra “Evangelho” vem do grego,
(eu angelion). “Eu” significa “bom” em grego; “angelion” quer dizer
36 XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Psicografia ditada pelo Espírito Emmanuel. Bra-
sília: Federação Espírita Brasileira, s.d. p. 25 (Coleção Fonte Viva, v. 4). Disponível em:
<bvespírita.com>. Acesso em: 06 out. 2019.
XAVIER, Francisco Cândido. No Paraíso. In: ______. Fonte Viva. Psicografia ditada pelo Es-
pírito Emmanuel. Brasília: Federação Espírita Brasileira, s.d. p. 152 (Coleção Fonte Viva, v. 2).
Disponível em: <http://messedeamor.org/files/2_Pao%20Nosso.pdf>. Acesso em: 06 out. 2019.
37 “[...] o Reino Divino não surge com aparências exteriores. Inicia-se, desenvolve-se e conso-
lida-se, em resplendores eternos, no imo do coração” (Id. p. 152 Ibid.).
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