Page 30 - Fonte de Luz | Candeia.com
P. 30
O medO da mOrte deve ser raciOnalizadO ante a inevita-
bilidade desse fenômeno biológico.
Tudo nasce na forma orgânica para transformar-se mole-
cularmente através da morte.
A morte é, portanto, uma forma de desestruturação celular,
que se encarrega de alterar o conjunto material sem destruir a
energia que o sustenta.
Nada existe que não experimente alteração, desde que a
inércia é somente incapacidade de perceber-se o movimento.
A vida é perene, pois que se encontra em todo o Universo,
originada no Pai Criador, e jamais se extingue.
A vida é o ser espiritual em diferentes estágios, evoluindo
sem cessar, a partir da vibração inicial até à angelitude superior.
Por isso mesmo, o ser real não é o físico, mas o Espírito que
disjunção modela, e que, mediante a disjunção das moléculas, liberta-se
separação, de-
sunião, divisão da clausura carnal, da mesma forma que, mediante a união das
partículas, volve ao corpo e recomeça a experiência orgânica.
clausura
prisão Morrer, desse modo, é desprender-se do magnetismo, do
volver vitalismo orgânico, volvendo à vida em plenitude, à origem.
voltar, reiniciar
•
licença Quando se apega às licenças do prazer e aos impositivos das
[liberdade – des-
regramento, vida paixões mais primárias, o Espírito reage, no corpo, à libertação
dissoluta] pela morte.
Supondo que a vida se resume ao frágil e breve período dos
hedonista sentidos físicos, o indivíduo hedonista teme ou odeia a morte,
adepto do
hedonismo sem se dar conta da degeneração material e dos complicados
resultados perturbadores dela decorrente.
28