Page 8 - Câncer Aspectos Históricos, Científicos e Espiritualistas | Editora Frei Luiz
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Desde meados do século XIX, a chegada do Consolador Prometido
vem promovendo a renovação do Evangelho de Jesus, trazendo em seu
bojo as elucidações racionais há tanto aguardadas por aqueles que não
aceitam a “fé cega”. Ao contrário do pensamento de Epicuro, Deus existe
e é o Criador de tudo, mas não o responsável pelo câncer, nem pelas
múltiplas doenças que atingem a humanidade, assim como um pai não
é culpado pela atitude do lho que, impecavelmente por ele vestido, se
lança voluntariamente em uma poça de lama, enxovalhando a dádiva
paterna. Deus não é culpado por ter criado a lei gravitacional da atração
dos corpos, caso eu voluntariamente me atire de um precipício e me
suicide. Tenhamos a consciência de nitiva de que estamos em peregri-
nação há milênios, pelas centenas ou milhares de reencarnações e de-
sencarnações sucessivas, em lento aperfeiçoamento do espírito imortal,
no qual as doenças funcionam como ferramentas de correção e ltros
de remoção das impurezas por nós próprios alocados no componen-
te espiritual, extrafísico, energético, vital e imortal, sendo o câncer um
dos principais absortivos dos miasmas resultantes do comportamento
equivocado para com o próximo e para com a natureza do orbe que
habitamos.
Não temos ainda neste mundo a permissão de tudo conhecer, por-
que, segundo Emmanuel, Deus colocou um limite nos órgãos de per-
cepção do homem terrestre. Temos limitações na visão, na audição, no
paladar, no olfato, no tato e assim por diante. Só temos alcance a uma
ín ma partícula do que acontece no macro e microcosmo, mas isso
não nos impede de perceber, mesmo de forma pouco compreensível, a
existência de um planejamento superinteligente por trás de tudo o que
acontece na natureza. Deus não nos é compreensível, mas é perceptível,
sutil, um arquiteto que age no silêncio e na serenidade, assim como o sol
que não precisa chegar ao solo para fornecer sua energia ao crescimento
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