Page 35 - Parábolas de Jesus à Luz da Doutrina Espírita | Fergus Editora
P. 35
dos véus, das amarras, das estruturas rígidas e dos rótulos que não
permitem ver as pessoas para além de suas aparências.
Quando Jesus pergunta: ´ 4XHP DJLX FRP FRPSDL[mR" µ o fariseu
precisou responder: ´)RL R VDPDULWDQR µ E os rótulos das aparências
caíram. Esse contexto é importante para entendermos o que é o
agir em conformidade com as Leis de Deus.
Jesus falava por parábolas, era a sua didática. Ele falava a linguagem
de quem podia escutar, e também como a dizer: ´ (X SUHFLVR VDEHU VH
YRFr TXH GL] TXH VDEH GH IDWR VDEH FRPR YRFr PHVPR DÀUPDµ Por isso ele
diz: ´ )D]H LVVR µ ´)D]H R PHVPR µ É uma forma didática para mostrar
que não adianta ter o conhecimento sem a ação. Saber e fazer se
completam.
Isto é libertador. Jesus, mais do que salvador foi-nos um libertador!
O Salvador é alguém que nos carrega; libertador é alguém que nos
abre as portas e diz: “- Caminha! ” Jesus, nesta conversa com esse
doutor, pôde falar a todos os que estavam ouvindo, talvez até aos
samaritanos e outros grupos desprezados, escandalizando os grupos
tradicionalistas, os doutores, levando todos a refletirem sobre o
viver.
Samaritanos e judeus não eram inimigos, porque não se digladiavam,
mas não eram bem quistos uns dos outros. Os samaritanos,
embora hebreus, eram vistos como não puros, como um povo
traidor dos costumes hebreus, pelos judeus daquela época, porque
incorporaram à sua cultura, alguns costumes persas, babilônios,
dentre outros. Jesus não conta a parábola do bom hebreu, nem do
bom saduceu para contextualizar o ensino da caridade. Sendo assim,
Parábolas de Jesus | 65 | Autores Diversos