Page 37 - Parábolas de Jesus à Luz da Doutrina Espírita | Fergus Editora
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porque fragilizado. Observe-se que a expressão era “um homem”,
artigo indefinido, qualquer pessoa. Só se sabe que era um homem!
Simboliza qualquer um de nós. E depois ele coloca três pessoas,
simbolizando três características, três grupos.
O primeiro deles passava pelo “mesmo caminho” daquele homem
em queda vibratória, é o sacerdote, que vê o necessitado, e “passa ao
largo”, não quis se aproximar, porque egoísta. Pode ser referência
à proibição que os sacerdotes tinham sobre tocar em cadáveres,
mas a parábola não é para mostrar realidades, é para tentar levar a
entendimentos sub-reptícios como o de que o conhecimento técnico
e religiosos do Levita não foi suficiente para que reconhecesse o seu
próximo. Note-se que a expressão é “pelo mesmo caminho”, ou seja,
também estava em queda dos valores espirituais para os materiais,
embora fosse um sacerdote. Da mesma forma foi a referência ao
levita, cuja expressão foi: de igual modo. Isso quer dizer, da mesma
maneira do homem, qual seja, em queda dos valores espirituais para
os materiais. A atitude do levita foi a mesma, passou ao largo.
E quando Jesus fala do samaritano, diz que ele “ia de viagem”,
diferentemente dos outros dois que “iam pelo mesmo caminho”,
ou seja, o samaritano era um viajante; tinha um motivo para passar
por aquele caminho. Ele não estava em queda, estava em trabalho,
em missão, para a qual se preparou; estudou o caminho por onde
vai passar. Como um socorrista, um missionário, entrou no campo
da vibração ruim daquele homem, mas não se deixou contaminar.
Como disse o apóstolo Paulo: “Esteja no mundo; mas não seja do
mundo” (1Co 3:22; 1Jo 4:5-6). Assim agiu o samaritano. Este
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