Page 50 - Parábolas de Jesus à Luz da Doutrina Espírita | Fergus Editora
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um ursinho panda, não teremos oportunidade de treinar. Amar uma
irmã Scheilla é fácil, não constitui desafio para a semente do amor
plantado em nosso coração. Desafiadora é aquela pessoa da qual
não se consegue gostar. É ela quem vai cultivar em nós a semente
do amor, mas não do amor superficial, não do amor “século XXI”,
que se restringe a um contrato de imagem. Embora o amor tenha
expectativas, eduque-nos, progrida e se transforme, ele já é amor na
partida e na chegada. São essas, portanto, as sementes do Evangelho
que representam o convite ao esforço colocado em nossa evolução
espiritual.
Relendo o poema de Carlos Drummond de Andrade que diz: “Tinha
uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma
pedra”, cheguei à conclusão de que essa pedra é Jesus. Ele é uma
pedra gigante no meio do nosso caminho evolutivo. Não tem jeito
de desconsiderá-lo. O Mestre assumiu sua posição e não se pode
dar as costas. Pode-se fugir, repudiar, mas alguma reação a ele é
inevitável, até mesmo ignorando-o. Isso é relacionar-se com Jesus.
E as sementes que ele trouxe são desafiadoras. O que faremos nós
da Parábola do Semeador? Para terminar, uma pequena e singela
parábola:
Reuniram-se todos os trabalhadores de uma grande casa espírita.
O projeto era fazer um almoço beneficente, com o seguinte
critério: cada tarefeiro levaria um prato de tradição familiar. Pela
regra, o prato teria que ser feito pelos integrantes da família, com
o máximo de amor e artesanato, caprichado e bonito na aparência.
Compareceram os mais de 1.500 trabalhadores da instituição com
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