Page 49 - Parábolas de Jesus à Luz da Doutrina Espírita | Fergus Editora
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moradas. Por quê? Porque a força não está na construção, mas na
capacidade de reconstruir. E você é o cocriador! Tudo lhe pode ser
tirado, mas o seu poder cocriador é intocável.
É dessa terra de que fala Jesus. Nela, a semente foi ao fundo e atingiu
o coração. Não adianta termos o conhecimento de que somos
imortais e de que os amigos espirituais nos amparam. Enquanto não
sentirmos isso, nos dias de maior tristeza, ainda não adentramos
nos portais da profundidade, ainda estamos sobrevoando por
características superficiais. Expressando a cultura dele, Paulo diz
que verdades como essas têm que vir das entranhas. Enquanto a
Doutrina Espírita não estiver em suas entranhas, ela não entrou em
você; necessita-se sentir um frio na barriga para ter a certeza de que
a semente penetrou.
Mas que semente é essa? Aqui há um segredo da ação divina.
Toda a humanidade anseia por frutos doces e especiais. A paz,
por exemplo, é um fruto muito saboroso, assim como a alegria e
o amor. Poderíamos listar classes deles. Porém, o Evangelho lida
com sementes. Pedimos a Deus por paciência, e o que ocorre?
Recebemos a semente da paciência, o seu professor, que às vezes
não é uma pessoa, mas uma situação de vida.
Percebe como é complicado pedir? Pelo que geralmente suplicamos
em nosso favor? Pedimos ao Cristo Consolador retirar-nos das
circunstâncias que estão causando dor e fazendo chorar. Ele
nos pergunta: “Mas você quer o fruto?”. Rogamos: “Deus, quero
conhecer o amor”. E Ele nos oferece uma pessoa insuportável de
amar. Isso porque, se mandar uma pessoa dulcíssima e boníssima,
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