Page 38 - Parábolas de Jesus à Luz da Doutrina Espírita | Fergus Editora
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samaritano viu e se aproximou do seu próximo chegando aos seus
pés. Pés que simbolizam bases, sustentação e movimento. O auxílio
dele foi à base, ao sustentáculo, viu a necessidade.
O Samaritano se aproxima, movido de íntima compaixão. Cuidou
do sangramento, da ferida, ou seja, deu o auxílio imediato à questão
urgente que se apresentava. Usa o azeite, que é calmante, emoliente
e o vinho, que anima, ou seja, simbolicamente transmitiu ao homem
a serenidade que trazia em si e o ânimo para mudar seus rumos.
Colocou na sua cavalgadura, cedeu o seu próprio lugar - ajuda
plena. Levou a uma estalagem; demonstrando que a ajuda deve
ser completa. Na estalagem buscou quem poderia fazer mais e
melhor; com mais preparo, e seguiu a viagem. O samaritano deixou
duas moedas (dualidade), e disse: “- O que gastares a mais, eu te
restituirei quando voltar! ” Em outras palavras, quem ajuda, volta
para acompanhar o progresso. Simbolicamente, o estalajadeiro
certamente era conhecido do samaritano, para deixá-lo pagar
depois. Isso simboliza que o ser que ajuda é conhecido e respeitado
de todos. Ele exala o respeito, mostra que quem quer ajudar, ele se
envolve, é envolvido, e as pessoas confiam nele, porque sabe que ele
vai voltar, vai cuidar. Não é uma ajuda feita como obrigação.
A ajuda é o ato da vontade, movido pelo sentimento, e foi isso que
esse homem fez. Esse bom samaritano, que agiu com compaixão
para com o próximo. E Jesus encerra dizendo ao doutor: “- Faze
isto! ” Pode ser que depois de ter ouvido esse ensinamento ele tenha
feito sim, pode ser! Muitos doutores aprenderam isto, Gamaliel,
Nicodemos e quantos outros!
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